Foi no último inverno,
quando meu nome era exílio
e o frio da noite,
o refúgio desnudo de meu tronco retorcido;
a rigidez do solo,
o bálsamo de meus galhos alquebrados
pelo peso da vida
e indagações não respondidas:
as que ficaram e as que se foram,
sem despedidas.
Foi...foi sim...
nos segredos do último inverno,
com as espinhas gélidas de frio,
o coração na mão,
quando inventei rotas de fuga
e me desfiz pelas frestas...
Moisés Augusto Gonçalves, in Fragmentos impertinentes