e abusos da caminhada.
Dirijo o olhar para a relva do campo
que atapeta meu peito... E nasce uma flor.
Arranco as pétalas da poeira do tempo
e a ferrugem das coisas.
e a ferrugem das coisas.
Minhas expectativas estão deitadas em leitos diurnos,
risonhas, `a espera da lua.
risonhas, `a espera da lua.
Tenho as vidraças trincadas de pedras,
atiradas pela louca da esquina.
Na testa franzida e nos ombros, carrego o peso do mundo.
Um pé de galinha ensaia seu ninho perto do olho esquerdo.
Sou um olhar voltado pra mim, arremessado ao longe,
feito coração; Lança afiada rasgando o peito.
feito coração; Lança afiada rasgando o peito.
Amante da festa, do encontro, da justiça e de homens.
Pego as estrelas que se apagaram sem aviso prévio.
Ainda há luz, mesmo que seja na solidão das lembranças.
Moisés Augusto Gonçalves, in Fragmentos impertinentes