Agora eu pego um poema,
desses que a gente apanha
com
vara longa,
mãos e coração apertados,
nesses pomares da vida.
Agora eu pego um poema,
não um poema qualquer,
desses de encomenda e rimas prontas.
Estão verdes.
Os que pego têm a cor do verão
passado
e a cadência inebriada de vozes.
Moisés Augusto Gonçalves, in Nos centros de nossa oeste (no prelo)