segunda-feira, 9 de setembro de 2013

‘Apanhando’ poemas

Agora eu pego um poema,
desses que a gente apanha
com  vara longa,
mãos e coração apertados,
nesses pomares da vida.

Agora eu pego um poema,
não um poema qualquer,
desses de encomenda e rimas prontas.
Estão verdes.
Os que pego têm a cor do verão passado

e a cadência inebriada de vozes.

Moisés Augusto Gonçalves, in Nos centros de nossa oeste (no prelo)