terça-feira, 6 de agosto de 2013

Fragmento XXII


A quatro mãos fecundo o poema. 
É preciso mais.
Circula sangue vermelho em minha veia poética.
Quebrei as molduras.
Sou da estirpe dos que pegam o mundo
com a esquerda
- punhos cerrados -, 
e o vestem de belezas futuras,
edifícios do amanhã, que não encontro, 
mas construo.

Moisés Augusto Gonçalves, in Fragmentos Impertinentes