domingo, 25 de dezembro de 2011

É toda que te quero,
tu que até agora és só metade.
Nudez de lua,
vestida de sombras da cintura para baixo,
vistosa de encantos e um despudor iluminado.

É toda que te quero,
musa de minhas noites de sertão,
acalentadas pelo chilrear estridente dos grilos,
o coachar harmônico dos sapos
e o gozo suave de minhas solidões.

Sim, é toda que te quero,
tu que bates às portas de minhas madrugadas,
entras pelas frestras de meus silêncios,
e em sinuosas rotas de fuga,
me tomas todo!

Moisés Augusto Gonçalves,in Depois de muitas luas