domingo, 15 de maio de 2011

Noite fecunda

É noite de chuva fina
de orquestra sapônica,
ninando o brejo,
o dorso da serra,
os mistérios da mata
e meus bocejos.

É noite de fina chuva
abrindo beijos em meus jardins;
vermelhos, roxos, laranjas
e aqueles brancos, tão raros
quanto a sinceridade dos homens.

Moisés Augusto Gonçalves, in Fragmentos impertinentes