Maria Antônia namora a rua.
A liberdade toma corpo viril,
desejos borbulhando suores,
sentimento do mundo que toca seus lábios carnudos.
É hora do angelus.
O sino da matriz anuncia a sonolência da tarde,
deitada em prenúncios.
A volúpia da noite,
os sonhos de Antônia,
e a incerteza inscrita no olhar.
Moisés Augusto gonçalves, in Fragmentos impertinentes