sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Sem nome...

Desceu lentamente sobre mim
como a névoa veste a montanha de cinza.
Pisei terras sem chão,
estradas sem rumos,
caminhos do sem-fim.

Dias de abismos e queda livre,
de perguntas voltadas pra dentro,
indagando lugares e ausências,
assombrando as respostas de ontem.

Descida veloz em suas idas,
mais ainda em seus retornos.
Esperanças postadas na fresta da porta,
esboçando um sorriso em vigília.

Moisés Augusto Gonçalves, in Fragmentos impertinentes