quarta-feira, 15 de dezembro de 2010



Para onde foste?
Ainda pouco te toquei com meus versos,
saudei teus primores
e saltos no escuro...
Fugiste por quê,
menina-moça enluarada?
Te amei sem rimas,
feri teu pudor?
Invadi teus jardins,
pisei tuas flores,
pronunciei a palavra proibida?

Por que agora te escondes,
se ainda há pouco eras presença
- a única –
um convite ao amor?
Aguardarei teus acenos,
Tu que brincas de mexer com os corações...

Moisés Augusto Gonçalves, in Depois de muitas luas