domingo, 5 de setembro de 2010

A poesia que corre em minhas artérias
brota do chão,
fonte primeira,
terra-mãe.
Por isso, desvelo o novelo
e me amarro firmemente em seus fios.
Laços sem nós,
a mostrar a face oculta das coisas,
das teias que nos tecem,
linhas tortuosas,
traços fortes.

Moisés Augusto Gonçalves, in Fragmentos Impertinentes